O futebol feminino em Londres mostrou que as mulheres estão cada vez mais evoluídas em todos os aspectos futebolísticos. A modalidade evoluiu tanto que, hoje, as partidas são vistas e provocam uma sensação de euforia e satisfação por parte do espectador.
Hoje aconteceram as semifinais do Torneio Olímpico de Futebol Feminino, onde, as duas partidas foram dignas de finais antecipadas. Japão x França e Estados Unidos x Canadá. Dois jogaços.
Japonesas a um passo do ouro inédito
As comandadas de Norio Sasaki deram mais uma amostra de sua precisão e pragmatismo na semifinal desta segunda-feira, em Wembley, e passaram pela França por 2 a 1 para chegar à decisão da medalha de ouro, na próxima quinta-feira.
Japonesas comemoram um dos gols da partida |
Logo no início do segundo tempo, nova falta cobrada de longe por Miyama resultou no segundo gol, logo aos 4 minutos. Dessa vez, Mizuho Sakaguchi cabeceou bonito no canto direito. Parecia o fim do jogo, mas as japonesas não contavam com a diferença que Eugenie Le Sommer faria para a França, a partir do momento em que entrou aos 12 do segundo tempo.
A atacante marcou o belo gol para diminuir a vantagem aos 30 minutos, completando com um belo chute o cruzamento de Elodie Thomis, e, 2 minutos depois, foi derrubada dentro da área para marcação do pênalti que valeria o empate. Mas, a capitã Elisa Bussaglia bateu à esquerda do gol pra fora e transformou um período de pressão incessante das francesas em um autêntico drama. Foram chances e mais chances, domínio completo. Mas, de novo, graças à goleira Miho Fukumoto e à eficiência das campeãs mundiais no contra-ataque – justamente as armas-chave da vitória sobre o Brasil nas quartas de final - o Japão de novo avançou para a final olímpica diante das americanas que passaram pelo Canadá.
Alex Morgan marca faltando 30 segundos e Estados Unidos vai a mais uma final
Sinclair (do Canadá) seria o nome do jogo, mas Alex Morgan estragou a festa das canadenses faltando 30 segundos para acabar a prorrogação.
A final do Torneio Olímpico de Futebol Feminino será uma reedição da decisão da Copa do Mundo Feminina da FIFA Alemanha 2011, entre Estados Unidos e Japão. Mas, para manter a escrita de jamais ter ficado de fora de uma final olímpica, as americanas precisaram gastar muita energia e nervos.
Americanas celebram gol de Morgan |
Foi um final épico para uma partida que foi dura boa parte do tempo, com direito a gol olímpico de Megan Rapinoe e um “hat-trick” (três gols numa só partida) da canadense Christine Sinclair.
Com o controle de bola as americanas esperavam dominar a partida, pois essa era a dinâmica, e as canadenses esperando e bem compactadas, prontas para os contra-ataques de Sinclair.
E foi justamente num desses que, para surpresa de muita gente, as canadenses abriram o placar: Marie-Eve Fault deu belo passe para Melissa Tancredi na entrada área. Ela dominou e tocou para Sinclari, que fintou sua marcadora com classe e tocou na saída de Hope Solo para abrir o placar. Dali em diante, o discreto domínio de ações das americanas aos poucos foi aumentando até se transformar numa autêntica pressão até o final do primeiro tempo.
A situação permaneceu a mesma no início do segundo tempo, e rendeu frutos quase que imediatos aos nove minutos, Megan Rapinoe – que passara toda a primeira etapa criando perigo com suas cobranças de falta para a área – bateu escanteio da esquerda, com pé trocado, e meteu a bola direto no canto direito, no primeiro pau, antes da chegada da goleira Erin McLeod. Um gol olímpico que devolveu o sonho do ouro às atuais bicampeãs.
A partir daí, o que se viu foi um festival. Quinze minutos em que houve de tudo: as canadenses voltando à liderança com Christine Sinclair, as americanas empatando com Rapinoe de novo, Sinclair marcando seu terceiro no jogo e, por fim, uma bobagem da goleira Erin McLeod, que segurou a bola por tempo demais e concedeu um tiro livre indireto dentro da área. Na cobrança de Rapinoe, a bola foi desviada por Lauren Sesselman com a mão. Pênalti que Abby Wambach bateu para empatar um jogão em 3 a 3.
A emoção se carregou até a prorrogação, com os EUA acertando até o travessão canadense, numa cabeçada de Wambach. Parecia tudo destinado à definição nos pênaltis, mas a incansável Alex Morgan – jogadora mais perigosa da prorrogação - tinha outros planos. E isso com três minutos de acréscimo aos 120. Num cruzamento de Heather O’Reilly da esquerda, a americana cabeceou sem chances e explodiu a festa das atuais bicampeãs.
Nesta quinta-feira um jogo de tirar o folego. Para as japonesas a chance de consolidar o futebol feminino japonês no cenário mundial e para as americanas a chance de conquistar o tetra campeonato olímpico na modalidade.
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