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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

TÉCNICA DO JUVENTUS ASSUME SELEÇÃO BRASILEIRA SUB 17 E CONQUISTA FEITO INÉDITO NA MODALIDADE



Treinadora da seleção sub 17

Emily Lima é a primeira mulher a chegar ao cargo de treinadora de uma equipe da CBF. A treinadora vai comandar a seleção feminina sub-17, a mesma na qual jogou 16 anos atrás.

Nesta quarta-feira (27) ela fez sua primeira convocação como técnica da seleção sub 17 de futebol feminino e coincidentemente a técnica da equipe feminina do Juventus vai chamar meninas nascidas a partir de 1997 - ano marcante para Emily.

Nesta terça-feira (26), aos 32 anos, a paulistana vai trabalhar na mesma entidade que o ídolo Luiz Felipe Escolare , que aprendeu a admirar como técnico na adolescência. Emily faz história ao se tornar a primeira treinadora a assumir uma seleção brasileira.

Foi através de peneiras que a treinadora formou a lista de 24 jogadoras que começam a treinar em 18 de março na Granja Comary, em Teresópolis (RJ). Ela também recorreu a amigos e redes sociais para formar a seleção.

"Eu conheço muitos treinadores, ligo para eles e peço para montar dois times com jogadoras de 97 e 98 para eu ver. Estou avaliando assim. Está complicado", diz.
"O Facebook me ajudou muito. Busco equipe, gestor, técnico, eles indicam jogadoras e me mandam vídeos."

Após tal dificuldade, Emily espera formar uma "família" na seleção, algo similar ao Brasil de Felipão na conquista da Copa de 2002. Para isso, ela acredita que ser mulher é uma grande vantagem.

No Brasil, ela sofre com a falta de atletas e a ausência de torneios nacionais de base. Segundo a Fifa, em 2006, o Brasil tinha cerca de 9,9 mil jogadoras, sendo 2,1 mil com menos de 18 anos. Já os EUA tinham 1,6 milhão sendo 1,5 milhão abaixo dos 18.

As americanas são as atuais campeãs olímpicas e mundiais sub 20, além de vices da Copa do Mundo. E sua treinadora, Pia Sundhage, foi eleita pela FIFA a melhor de 2012.

Técnica há dois anos, Emily não teme o desafio. "Posso mais, até dirigir meninos, mais velhos".

No mundo do Futebol Feminino, em termos de seleções, existem poucas mulheres no comando. Apenas as seleções dos EUA, Alemanha, Austrália, Suécia, Grã- Bretanha, Noruega e Itália, têm ou já tiveram mulheres no posto de treinadora.

Desejamos sorte à treinadora e que isto sirva de incentivo para outras treinadoras integrarem o quadro da CBF.

Seus primeiros grandes desafios são o Sul-Americano e o Mundial do ano que vem.



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