Treinadora da seleção sub 17 |
Emily
Lima é a primeira mulher a chegar ao cargo de treinadora de uma equipe da CBF.
A treinadora vai comandar a seleção feminina sub-17, a mesma na qual jogou 16
anos atrás.
Nesta
quarta-feira (27) ela fez sua primeira convocação como técnica da seleção sub
17 de futebol feminino e coincidentemente a técnica da equipe feminina do
Juventus vai chamar meninas nascidas a partir de 1997 - ano marcante para
Emily.
Nesta
terça-feira (26), aos 32 anos, a paulistana vai trabalhar na mesma entidade que o
ídolo Luiz Felipe Escolare , que aprendeu a admirar como técnico na
adolescência. Emily faz história ao se tornar a primeira treinadora a assumir
uma seleção brasileira.
Foi
através de peneiras que a treinadora formou a lista de 24 jogadoras que começam
a treinar em 18 de março na Granja Comary, em Teresópolis (RJ). Ela também
recorreu a amigos e redes sociais para formar a seleção.
"Eu
conheço muitos treinadores, ligo para eles e peço para montar dois times com
jogadoras de 97 e 98 para eu ver. Estou avaliando assim. Está complicado",
diz.
"O
Facebook me ajudou muito. Busco equipe, gestor, técnico, eles indicam jogadoras
e me mandam vídeos."
Após
tal dificuldade, Emily espera formar uma "família" na seleção, algo
similar ao Brasil de Felipão na conquista da Copa de 2002. Para isso, ela
acredita que ser mulher é uma grande vantagem.
No
Brasil, ela sofre com a falta de atletas e a ausência de torneios nacionais de
base. Segundo a Fifa, em 2006, o Brasil tinha cerca de 9,9 mil jogadoras, sendo
2,1 mil com menos de 18 anos. Já os EUA tinham 1,6 milhão sendo 1,5 milhão
abaixo dos 18.
As americanas são as atuais campeãs olímpicas e mundiais sub 20,
além de vices da Copa do Mundo. E sua treinadora, Pia Sundhage, foi eleita pela
FIFA a melhor de 2012.
Técnica há dois anos, Emily não teme o desafio. "Posso mais,
até dirigir meninos, mais velhos".
No mundo do Futebol Feminino, em termos de seleções, existem
poucas mulheres no comando. Apenas as seleções dos EUA, Alemanha, Austrália,
Suécia, Grã- Bretanha, Noruega e Itália, têm ou já tiveram mulheres no posto de
treinadora.
Desejamos sorte à treinadora e que isto sirva de incentivo para
outras treinadoras integrarem o quadro da CBF.
Seus primeiros grandes desafios são o Sul-Americano e o Mundial do ano que vem.
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