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sábado, 14 de julho de 2012

Experiência, show do ataque e defesa afiada em busca do Ouro inédito para o Futebol Feminino do Brasil


Em fase final de preparação, a Seleção brasileira de futebol feminino está na Suíça em um torneio preparatório para as Olimpíadas de Londres. Na estreia da Copa da Suíça o Brasil enfrentou a Colômbia.

A seleção teve bastante trabalho, mas conseguiu derrotar a Colômbia, neste sábado. As comandadas do técnico Jorge Barcellos saíram na frente, sofreram o empate, mas conseguiram a vitória por 2 a 1 diante das adversárias sul-americanas, que também estarão na Olimpíada.

O Brasil começou a partida melhor, mas criando poucas oportunidades. Na primeira boa jogada de Marta, a meia rolou para Rosana, que bateu de direita no ângulo esquerdo da goleira e fez 1 a 0. O placar seguiu inalterado por toda a primeira etapa, mas logo na volta do segundo tempo a Colômbia empatou, com Velásquez. O gol da vitória brasileira só saiu após cobrança de falta, em que Marta acertou a trave e a veterana Formiga, que havia acabado de entrar, aproveitou o rebote.

Rosana

O Brasil volta a campo pela Copa da Suíça na próxima terça-feira para enfrentar o Canadá, que na primeira partida deste sábado venceu a Nova Zelândia por 2 a 1. A seleção estreia em Londres no próximo dia 25 contra o Camarões, em Cardiff. Na sequência, encara Nova Zelândia e fecha a participação na primeira fase contra a Grã-Bretanha.

Na partida deste sábado, o técnico Jorge Barcellos escalou a equipe com: Barbara, Fabiana, Aline Pellegrino, Renata Costa, Bruna Benites e Maurine; Francielle, Ester e Rosana (Formiga); Thaisinha e Marta.

Ataque dá show

Marta e Thaisinha mais uma vez mostraram o gingado brasileiro e como são boas com a bola no pé. Contra a Colômbia, nenhuma das duas marcou gol, mas deram um show que fez a torcida ir à loucura.

Marta

No primeiro tempo, além de participar de várias jogadas pela esquerda com Maurine, Thaisinha foi essencial no primeiro gol. A atacante recebeu a bola de Bruna Benites e como estava muito marcada, teve que disputar no alto, a bola com a zagueira colombiana. Mesmo sendo bem mais baixa que a adversária, a brasileira ganhou a bola e tocou para Marta, que adiantou para Rosana e esta abriu o placar.
Já a camisa 10 da Seleção, apesar de ser a referência do Brasil na frente no campo, voltou muitas vezes para colaborar na defesa. E foi responsável por tirar a bola da atacante colombiana quando esta ia soltar uma bomba da grande área.
Além disso, no segundo tempo, Marta cobrou a falta que originou o gol de Formiga. A atacante do Brasil chutou a bola no travessão e a sobra foi de Formiga, que fechou o placar a favor da Seleção, Brasil 2 a 1.
Esta é a primeira vez que Thaisinha disputará uma Olimpíada. Para muitos, pode ser considerada uma jogadora sem experiência. Mas não é bem assim. A mais nova do grupo, com 19 anos, começou na Seleção Feminina Sub-17 aos 13.
Desde que iniciou o trabalho na Seleção, Thaisinha já vestiu a camisa verde e amarela em dois Mundiais e dois Campeonatos Sul-Americanos Sub-17. Em 2010, no Torneio Internacional Cidade São Paulo, disputou seu primeiro jogo pela Seleção Principal. Cristiane se machucou e Thaisinha estreiou.

Taisinha

Desde então, a jovem jogadora foi convocada para o Mundial da Alemanha e para os Jogos Pan-Americanos em 2011. No início de 2012, conquistou seu primeiro Sul-Americano Sub-20, de forma invicta.
Agora, Thaisinha vive a ansiedade de conquistar a medalha de ouro olímpica inédita ao lado de jogadoras experientes como Marta, Cristiane, Formiga e outras.
"Há quatro anos, eu estava em casa assistindo e torcendo pela Seleção nas Olimpíadas de Pequim. Não imaginava chegar aqui tão rápido e jogar ao lado de meninas tão experientes" explica a atacante do Brasil.
Thaisinha já mostrou a que veio. No primeiro jogo amistoso do Brasil, nesta quarta-feira, Thaisinha abriu o placar. E, no segundo gol, deu assistência à Formiga para fechar o placar. Brasil 2 a 0 em cima da SC Kriens, equipe vice-campeã da Suíça.
"Jogar ao lado Marta, a melhor do mundo, é fácil. No primeiro gol, com o passe perfeito que ela me deu, eu só tinha uma coisa a fazer: abrir o placar" diz Taisinha.
Além de Marta, Thaisinha conversa muito com a capitã Bagé e Aline Pellegrino. As duas zagueiras sempre orientam e dão tranquilidade à atacante.

Experiência e determinada a ganhar o ouro olímpico

A volante Formiga, em quase todas as conquistas da Seleção Feminina ela esteve presente. Disputou sua primeira Olimpíada em 1996, em Atlanta, quando tinha apenas 18 anos. Hoje, aos 34, tem a chance de representar o Brasil pela quinta vez em Jogos Olímpicos. Esta é Formiga, a dona do meio-campo da Seleção.

Formiga

Quando foi convocada pela primeira vez, Formiga conta que foi muito bem recebida por suas companheiras da época, principalmente pela então capitã Elaine. E é exatamente isso que tenta fazer com as meninas que chegam à Seleção. Com seu bom humor e sua simpatia, a meio-campo faz qualquer "novata" se sentir em casa.
"As jogadoras experientes de quando eu comecei me receberam muito bem e é isso que eu procuro fazer com as que chegam. A Thaisinha, apesar de nova, já tinha trabalhado na Seleção Principal. A única que chegou agora foi a Bruna, e eu procuro sempre conversar com elas" diz a volante da seleção.
Já com duas medalhas de prata na bagagem, em 2004, em Atenas, e 2008, em Pequim, a jogadora irá buscar o ouro inédito.
"Às vezes eu esqueço que já disputei quatro Olimpíadas, para mim é sempre a primeira. Tenho a mesma vontade e emoção de quando estava na primeira. Não tem como você escutar o hino brasileiro e não se emocionar, isso sempre acontece comigo" explica Formiga.
Cada ano de trabalho na Seleção é diferente, mudam algumas companheiras. Mas, segundo Formiga, agora é hora da medalha de ouro.

Goleiras se preparam para salvar o Brasil

Quando começou a trabalhar com a Seleção Feminina, em dezembro de 2011, no Torneio Internacional Cidade de São Paulo, no qual o Brasil foi campeão, o preparador de goleiras, Célio Rossi, traçou um planejamento para as fases de treinamentos que seriam realizados até Londres.

Andréia Suntaque

Durante a primeira etapa, no Torneio em São Paulo, Célio trabalhou posicionamento, orientação às jogadoras de linha e reposição de bola com Andreia Suntaque e Barbara.
"O Torneio foi o meu primeiro trabalho com as goleiras e foi muito positivo, já que nos últimos minutos da final contra a Dinamarca, Andreia fez uma defesa sensacional, exatamente como vínhamos treinando" explica o treinador de goleiras do Brasil.
Na segunda fase, em janeiro, na Granja Comary, o objetivo foi o trabalho físico, técnico com bola e força. Em fevereiro, também no Centro de Treinamento, Célio continuou os treinamentos de força e adicionou trabalhos de velocidade.
A quarta etapa de preparação foram os amistosos contra o Canadá, Estados Unidos e Japão. Apesar dos resultados ruins, três derrotas, o preparador exalta as atuações das goleiras. Andreia começou jogando contra o Canadá, mas se machucou no final do primeiro tempo e foi substituída por Barbara. Já contra as americanas, Barbara foi titular e no último amistoso, contra as japonesas, Andreia voltou ao campo.

Barbara

"Mesmo com os resultados negativos, as goleiras fizeram boas partidas" elogiou o preparador.
Na penúltima fase, que aconteceu de 4 a 29 de junho, na Granja Comary, Célio buscou aprimorar as reposições de bola e cruzamentos. Além de cuidar da força e velocidade das jogadoras.
Já na Suíça, onde o Brasil terá um amistoso contra a vice-campeã do país, SC Kriens, e duas partidas pela Copa da Suíça, contra Colômbia e Canadá, o trabalho das goleiras será de manutenção de tudo o que já foi feito, com ênfase em cruzamentos e reposição de bola.
"A Andreia é uma goleira muito experiente, já vai para a sua quarta Olimpíada, e a Barbara tem uma força excepcional. As duas estão muito bem preparadas para disputar as Olimpíadas" diz Célio.
Célio trabalhou durante 10 anos na equipe de base masculina do Cruzeiro. Neste período, treinou alguns goleiros que serviram as seleções Sub-17, como o goleiro Charles (campeão sul-americano 2011), e Sub-20, Rafael (vice-campeão mundial 2009), Douglas Pires (disputou o Pan-Americano 2011), Gabriel (campeão mundial 2011) e Igor (Torneio 8 Nações 2012 e Torneio Quadrangular 2012).

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