O Atual campeão mundial, entrou pela primeira vez no grupo dos três melhores do ranking da Fifa de futebol feminino, após a atualização trimestral realizada pela entidade. Para chegar à terceira posição, a seleção japonesa ultrapassou justamente o Brasil, que caiu agora para o quarto lugar na lista - é a pior colocação brasileira desde junho de 2008.
A seleção dos Estados Unidos permanece no topo da tabela, mas estão sob pressão por parte da Alemanha - segunda colocada - que estão a apenas cinco pontos atrás das tricampeãs mundiais. As Japonesaspodem comemorar. Com a conquista do inédito título mundial, passaram o Brasil e ocupam a terceira posição do ranking da FIFA em 2011.
Veja classificação dos 30 primeiros colocados do Ranking
As 30 melhores seleções do mundo
Enquanto o Nadeshiko - como é chamado o selecionado japonês em seu país - vem em ascensão no ranking, após a conquista do inédito título mundial em julho, o Brasil perdeu 28 pontos desde a última atualização em setembro. Nesse período, a seleção brasileira não conseguiu confirmar o favoritismo no Pan de Guadalajara, quando ficou com a medalha de prata, e ainda perdeu um jogo para a Dinamarca no Torneio Internacional Cidade de São Paulo, deixando escapar o terceiro lugar pela primeira vez desde 2008.
Agora, o Japão aparece com 2.106 pontos, com 13 de vantagem sobre o Brasil. Enquanto isso, as duas primeiras posições do ranking da Fifa permanecem inalteradas por mais um trimestre. Vice-campeão mundial, os Estados Unidos continuam na liderança da lista, mas sofrem pressão da segunda colocada Alemanha, já que a diferença entre eles é de apenas cinco pontos (2.148 a 2.143).
Além da troca entre Brasil e Japão, aconteceram outras mudanças no grupo dos 10 melhores do ranking. A França subiu uma posição e está agora em sexto lugar, enquanto o Canadá (algoz do Brasil na final do Pan de Guadalajara) saltou da nona para a sétima colocação. Com isso, francesas e canadenses ultrapassaram Inglaterra e Coreia do Norte na lista organizada pela Fifa.
A Espanha também viu uma melhora na sua classificação graças ao seu forte desempenho nas eliminatórias EURO, subindo para 17 º lugar em detrimento da China, que continuou a cair em dezembro. Além de Espanha, várias outras equipes atingiram suas melhores posições no Ranking, ou seja, México, Escócia, Colômbia, Bielorrússia, País de Gales, Papua Nova Guiné, Irlanda do Norte e Camarões. O atual ranking inclui 135 países, 15 a menos que em 2007, quando houve um recorde com 150 equipes.
A próxima atualização do ranking de futebol feminino da Fifa está prevista para acontecer apenas no dia 16 de março de 2012.
E uma brasileira cede a coroa de rainha dos gramados a uma japonesa
Depois de um reinado de cinco anos, Marta não ostenta mais a coroa de melhor jogadora do mundo. Pela primeira vez, a “rainha do futebol” é uma japonesa. E méritos não faltam para Homare Sawa. A meio-campista de 33 anos levou sua seleção a um inédito e surpreendente título de Copa do Mundo, além de ter sido a artilheira e melhor jogadora da competição. Em seguida, ela ainda ajudou o Japão a vencer o Pré-Olímpico, garantindo a vaga em Londres 2012.
Sawa divide o telão com o melhor do mundo Messi em premiação da FIFA.
No dia ultimo dia 9 de janeiro, a japonesa Homare Sawa sagrou-se a melhor jogadora do mundo pela primeira vez após ganhar prêmio Bola de Ouro da Fifa. A jogadora ajudou a seleção japonesa a conquistar o Mundial feminino disputado no ano passado na Alemanha, quando a equipe oriental venceu os EUA, da concorrente Abby Wambach, nos pênaltis, na final da competição.
Durante a competição, Sawa mostrou sua capacidade e terminou como artilheira com cinco gols, superando a também concorrente no prêmio Marta, que ocupou o posto até o último jogo do torneio. A capitã da seleção japonesa foi ainda considerada a melhor jogadora da Copa do Mundo 2011 e após garantir o título deu entrevista dizendo que nem parecia realidade.
A jogadora tem 32 anos e essa foi a quinta Copa que ela disputou, completando 18 anos com a camisa do Japão.
Além do prêmio de Sawa, Norio Sasaki, técnico das japonesas, levou o título de melhor treinador do futebol feminino e a Federação Japonesa de Futebol recebeu o prêmio de Fair Play.
Sawa posa para foto ao lado de Marta e Abby Wanbach na premiação da FIFA
Com 32 anos, 18 deles dedicados à seleção japonesa, a meio-campista Homare Sawa foi um dos grandes destaques da Copa do Mundo de futebol feminino. Merecidamente homenageada – a jogadora levou a Chuteira de Ouro pela artilharia e a Bola de Ouro por ser considerada a melhor atleta da competição. A camisa 10 do Japão contou após a conquista do título, ao site oficial da Fifa, que estava se sentindo em um sonho.
Na Nadeshiko League, a liga feminina do Japão, o NTV Beleza, que tinha sido campeão cinco vezes nos últimos seis anos (todos com Sawa no elenco), deve ter se arrependido de não ter oferecido um contrato profissional para a jogadora que é recordista em partidas (176) e gols (80) pela seleção. Assim, ela trocou o time de Tóquio pelo INAC Kobe Leonessa, equipe que nunca tinha vencido a liga mas montou um verdadeiro dream team, com nada menos que sete campeãs do mundo: além de Sawa, a goleira Kaihori, a lateral Kinga, a volante Asuna Tanaka e as atacantes Ohno, Takase e Kawasumi. E ainda tinha a meia Ji So-Yun, jovem estrela da seleção sul-coreana.
Homare Sawa disputa bola com Mana Iwabuchi contra sua ex- equipe o Beleza NTV
Com esse timaço, o Kobe atropelou seus adversários e foi campeão invicto, com 13 vitórias e três empates em 16 jogos, com 49 gols a favor e apenas oito contra – Sawa marcou quatro gols na vitoriosa campanha. Para fechar a temporada com todos os títulos possíveis, veio também a conquista da copa nacional, que é uma espécie de versão feminina da Copa do Imperador – com a final disputada no dia 1º de janeiro no Estádio Nacional de Tóquio e tudo o mais.
Apesar da artilharia na Copa do Mundo, Sawa tem jogado como segunda volante. É ela quem distribui a bola, inicia as jogadas de ataque e eventualmente aparece para finalizar, ao mesmo tempo em que chama a atenção por sua incrível dedicação também à marcação. Incansável dentro de campo e tímida e modesta fora dele, ela é o símbolo da superação e das conquistas do futebol feminino nipônico em 2011. Nada mais justo que o prêmio de melhor do mundo para coroar o ano perfeito de Homare Sawa.
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