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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

TORNEIO OLÍMPICO DE FUTEBOL FEMININO: EUA é tri e Canadá fica com bronze

Depois da semifinal diante do Canadá, a americana Carli Lloyd admitiu que a disputa da medalha de ouro, para as americanas, vinha coberta de um desejo de revanche. Um ano atrás, afinal, os Estados Unidos perdiam nos pênaltis uma decisão da Copa do Mundo Feminina da FIFA Alemanha 2011 para as japonesas, exatamente as rivais desta quinta-feira em Wembley.

Americanas comemoram o primeiro gol de Lloyd

Diante de um público de 80.203 pessoas, recorde do Torneio Olímpico de Futebol Feminino até hoje, a equipe chegou ao terceiro ouro consecutivo ao bater o Japão por 2 a 1, com dois gols de Carli Lloyd.

O que não faltou foi emoção. O primeiro tempo foi repleto de chances para os dois lados, sobretudo depois que as americanas abriram o placar logo aos oito minutos: Alex Morgan recebeu na área, girou em direção à ponta esquerda e cruzou em direção a Abby Wambach. Carli Lloyd chegou antes dela para, de cabeça, testar para o gol.

Começou, então, a blitz japonesa em direção ao gol de Hope Solo, que obrigou a goleira americana a se destacar e ser uma das grandes responsáveis pela vantagem após os primeiros 45 minutos, sobretudo por uma defesa espetacular em cabeçada de Yuki Ogimi, em que a bola ainda tocou no travessão. Foi, aliás, uma das três bolas na trave do primeiro tempo: aos 28, em sua única outra grande chance além do gol, os Estados Unidos quase contaram com a ajuda de Azusa Iwashimizu, que cabeceou na trave direita um cruzamento vindo da lateral direita. E, enfim, aos 33, Aya Miyama completou com o pé esquerdo um cruzamento rasteiro vindo da lateral e acertou pela segunda vez o travessão de Solo.

Toda a chance de empate das campeãs mundiais, porém, se fez muito mais complicada no início do segundo tempo, quando, aos nove minutos, mais uma vez, Carli Lloyd apareceu. A camisa 10 controlou a bola da esquerda para o meio e acertou uma pancada cruzada, no canto direito do gol japonês. Era preciso reagir rápido, e isso as japonesas fizeram: aos 18, Homare Sawa recebeu sozinha na área e tocou em direção ao gol. Christie Rampone bem que salvou em cima da linha, mas afastou sem força e permitiu que Ogimi tocasse para o gol vazio.

Só restava, então, uma estratégia para as japonesas, normalmente comedidas e pacientes: partir para cima. Foi uma pressão se fim ao longo de 15 minutos, que as americanas aguentaram à base de uma defesa forte, um pouco de sorte e, principalmente, uma espetacular Hope Solo. Aguentar aquela pressão significou não sucumbir mais. A revanche era  realidade, e o tricampeonato olímpico também.

Canadá se despede com a conquista do bronze nos acréscimos

A partida entre Canadá e França foi tão intensa para ambas as equipes que as canadenses não lembravam nem do gol que deu a vitória para a selação do Canadá. Esse apagão de memória diz muito sobre a intensidade emocional da partida e o êxtase representado pela conquista do título mais importante da história do futebol do Canadá. Afinal, o gol saiu acréscimos do duelo em Coventry nesta quinta-feira, 9 de agosto.

Canadenses comemoram a conquista da medalha de bronze

Mas ele também é revelador da fadiga em que as canadenses estavam passando após os ataques incessantes e frustrados das francesas no segundo tempo. A França teve muitas chances mostrando o domínio das Bleues na partida, mas a Erin McLeod (goleira do Canadá) jogou o que não vinha jogando nas ultimas partidas e fechou o gol canadense.

De fato, em um jogo desses, é impossível homenagear a heróina do gol de última hora sem dividir os louros com as demais jogadoras da defesa canadense. McLeod, que resistiu bravamente às investidas das Bleues na etapa complementar. A goleira também era só sorrisos ao deixar os vestiários. "No começo do torneio, sofri alguns gols evitáveis", admite a camisa 18. "Portanto, hoje estou ainda mais orgulhosa do que alcançamos. Tenho muita sorte por ter uma zaga tão boa diante de mim. As meninas se interpuseram em várias bolas nas quais eu estava batida."

A arqueira também comentou sobre o novo status do futebol feminino canadense. "Não nos esperavam nesse nível, então fazer frente aos Estados Unidos para derrotar uma das melhores equipes do mundo é algo que me deixa simplesmente orgulhosa da equipe", vibra McLeod.

Os prognósticos estavam mesmo a favor da França, que havia goleado o Canadá por 4 a 0 durante a última Copa do Mundo Feminina da FIFA. "Foi há um ano, e mudamos de técnico depois disso", lembra a goleira, referindo-se à chegada do inglês John Herdman em setembro do ano passado. "Ele nos fez trabalhar bastante e presto uma homenagem ao que ele conquistou — ele e a comissão técnica. Quando somos orientadas por pessoas que se doam tanto, temos vontade de retribuir em dobro."

McLeod continuou a sua análise à luz do passado recente. "Temos jogadoras que estão no auge da carreira, e acho que o clima do nosso convívio em grupo fez a diferença na competição", diz. Após tanto esforço ao longo de uma campanha igualmente intensa, a equipe de Herdman só pensa em festejar. "É um momento histórico para o Canadá", afirma a goleira. "Claro que todo mundo quer o ouro, mas estou muito orgulhosa dessa medalha para o nosso país."

O terceiro lugar na Olimpíada certamente é positivo para uma seleção que se prepara para disputar o próximo Mundial em casa, daqui a três anos.

O futebol feminino brasileiro estacionado

Este torneio Olímpico de Futebol Feminino vai deixar saudades, pois nunca se viu tantas partidas emocionantes na modalidade. Isso prova que o futebol feminino mundial evolui a cada dia e faz com que as pessoas que se envolvem realmente com o futebol feminino trabalhem mais e mais para acompanhar esta evolução. 

O Brasil encontra-se estacionado no tempo, onde a individualidade de Marta não resolve mais. A massificação da modalidade no nosso país deverá ser uma das soluções para que o futuro da modalidade seja promissor, assim como na maioria das modalidade olímpicas carentes no Brasil. Os profissionais que estão por trás dos bastidores, devem se atualizar e começar a pensar que em qualquer modalidade deve-se ter em mente a evolução constante e a união entre educação e esporte.

Informações: www.fifa.com 

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